Por mais que haja grande esforço governamental para a atração e retenção de investimentos em Santa Catarina, é também necessário criar e institucionalizar um ambiente favorável de negócios.
Porém, a grande pergunta que devemos nos fazer é: como criar este ambiente capaz de atrair e reter estes importantes investimentos?
A aceleração dos processos de emissão de licenças é um passo vital para que isso aconteça, pois, via de regra, os estados que ocupam posição entre as maiores economias do Brasil, já possuem diferentes atrativos consolidados, e se quisermos atrair a atenção destes investidores para Santa Catarina precisamos ser eficazes.
Dentre todas as autorizações para a tomada de decisão da instalação de um empreendimento no estado, o Licenciamento Ambiental é um dos mais decisivos, por exigir análise e estudos técnicos específicos.
O tempo de expedição desta licença pode fazer com que o investidor perca o timing do negócio, e opte por investir em outro estado, ou até mesmo, em outro país.
O que os investidores esperam do governo é que o mesmo seja rápido e objetivo quando requisitado, e se quisermos Santa Catarina economicamente ativa, continuando a gerar desenvolvimento, emprego e renda, precisaremos atrair e reter estes investidores.
A minha experiência nas áreas de meio ambiente e criação de ambientes favoráveis para negócios, me fazem crer que uma ação governamental assertiva está em entender que é possível aperfeiçoar seus processos, buscando a otimização dos profissionais envolvidos nos mesmos.
Neste contexto, cito o exemplo da tabela de grau de risco implantada em Jaraguá do Sul, através da qual foi possível inovar aplicando a classificação CONSEMA à classificação do CNAE, e permitindo desta forma a utilização de uma única ferramenta eletrônica de análise na abertura de empresas.
Com esta nova forma de análise, cerca de 85% dos processos protocolados não necessitam mais da dedicação dos técnicos, fazendo com que haja mais tempo para que os mesmos se dediquem com eficácia aos demais 15%, que demandam de maior atenção, conferindo assim ao governo a percepção pública de eficácia.
O desenvolvimento de Santa Catarina depende dessa eficácia, da criação deste ambiente favorável de negócios, pois para haver investimentos na saúde, educação, segurança, etc., tais recursos devem advir de alguma fonte geradora, e os mesmos são oriundos das nossas empresas catarinenses.
Benyamin Parham Fard
Engenheiro Especialista em
Gestão da Sustentabilidade
publicado no jornal A NOTÍCIA em 24/03/2015